Sim, toda nostalgia carioca tem relação com a comida e seus bares incriveis! A cidade é um cartão postal até onde você menos espera e as sensaçoes vividas de perambular meio que sem rumo por ela é indiscritivel. Acabei de chegar em casa, belisquei uns petiscos num barzinho novo na orla, bem ali no comecinho do leme, o Joaquina que promete ser a nova sensação da area. E, caminhando até aqui, não resisti e precisei dividir com vocês algumas saudades e lembranças boas. Como muitos devem saber, fui criada no interior e quando voltei para o Rio para estudar e trabalhar conheci o que havia de melhor e pior pelas maos de uma grande amiga, a Dra. Luciana Blanco. Lugares inesqueciveis como o Bar de la Paix no antigo Meridien com seu cardapio intocavel, o Kotobuki de 3 andares servindo rodizio nos andares superiores e a la carte no terreo, em Botafogo ao lado da policlinica com uma vista inacreditavel pra ponte Rio-Niteroi, isso ainda é da época em que a Bunker era ponto cativo de todo final de semana revezando apenas com as noitadas do Guapo Loco no Leblon que servia nos almoços de domingo um vasto e apimentado rodizio mexicano. Infelizmente esses programas foram riscados do cederninho com fechamento das casas citadas. Não por sorte do estabelecimento, mas com certeza a nossa ainda dá pra sair do Roxy na segunda a noite e aproveitar o burburinho dos grandes musicos, anonimos ou nao, no Bip Bip e os pestiscos do ranzinza Alfredo, assim como sair do trabalho na quinta e se deliciar com o chopp do Jobi e a casa cheia de gente bonita.Os domingos quentes pedem uma original com a patanisca do Pavão Azul que agora tem filial do outro lado da rua. O braca tambem continua sendo a ponto turistico, mas hoje divide as atençoes voltadas para sua ex cozinheira e seu ex chefe de salao que abriram o delicioso Chico e Alaide na Dias Ferreira. Era certo conseguir me encontrar no domingo por volta das duas da tarde almoçando no garota da urca acompanhada do Globo, um filet e um chopp brahma. Subir Santa Tereza sempre foi a pedida mais gostosa da boemia, O Mike's Haus ainda era escondido atras do correio e ficava ao lado da bahiana com o acaraje mais gostoso da cidade e o mineiro.... bem o mineiro é o mineiro.... assim como o Sindicato no Leme, o bar urca com seu caldinho de frutos do mar e seu paredao fantastico.
Não sei se por conta da paisagem,por que lugares menos porivilegiados com essa natureza exuberante abrigam tao bons bares e tradicionais quanto os que citei acima, não me deixam negar o enchendo linguiça no grajau, o petisco da vila em vila isabel, a praça Vanhargem. Lugares que todo carioca devia conhecer um dia desses, pra se lembrar assim como eu nesse momento, o quanto uma cozinha faz bem pra alma.
Se me incomoda falar da baixa gastronomia carioca?
Só me incomoda se alguém disser que além de baixa ela é ruim, pois não seria verdade.
Nas ruas da Lapa aprendi a gostar mais ainda de comer e se bem me lembro, os barzinhos que fazem sucesso na capital paulistana são os que tem a cara do Rio, como o São Cristovão na Vila Madalena, o Pirajá, o Astor que acaba de chegar por aqui e até quem sabe a comparação com o delicioso Mocotó que nunca seria chamado de restaurante pelos ares do mar, me lembra muito o Aconchego Carioca na praça da Bandeira em versao extendida digamos assim. 
A dica dessa semana é procurar nas livrarias um livro chamado Guia Carioca da Comida de Rua talvez ele ajude com os endereços e horários e pra terminar depois de tudo isso, se satisfeito feche o pacote no final de semana tomando um cafe da manha no Parque das Ruinas acompanhado de um pao do talho capixaba fresquinho e um bolo de cenoura com chocolate que é dos ceus. 
Nenhum comentário:
Postar um comentário